Fotos: Feijão Almeida/GOVBA
Sem citar nomes, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) alfinetou o grupo de oposição na Bahia, capitaneado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), em meio à debandada de prefeitos para a base governista. “Nunca mudamos a forma de fazer política. Nós trabalhamos primeiro com o respeito às pessoas. No grupo da gente, não tem um dono, não tem um cacique. Tem um grupo que dialoga”, disse o chefe do Executivo ao bahia.ba, nesta última segunda-feira, 25.
O chefe do Executivo ainda afirmou que a estratégia de diálogo para a atração dos partidos opositores leva em conta a articulação dos deputados federais e estaduais, que, segundo ele, conseguem manusear recursos por meio de emendas. “A expectativa nossa, por exemplo, é que os partidos que fazem parte desse grupo, cada um chamando os seus para sentar à mesa conosco. Primeiro, é a porta via deputados federais e estaduais”, disse Jerônimo após autorização das obras para o Mercado do Peixe, na Feira de São Joaquim, em Salvador.
E ainda completou: “O deputado chama o prefeito ou a prefeita para poder dialogar, para colocar as suas emendas, para ajudar a governar, a gente sabe das dificuldades que tem o prefeito ou prefeita em articular recursos. […]. Então, é o trato, é a forma”. Jerônimo ainda diz que, em sua posição como governador, ele deve tratar todos com igualdade independente de posição partidária.
“A expectativa é que a gente possa tratar a todos com a mesma decência. É assim que o governador tem que tratar um prefeito eleito. Alguns prefeitos não me apoiaram em 2022, em 2024, eu também não apoie, possa ser que isso tenha acontecido, mas foi o município que escolheu o prefeito, mas eu tenho que sentar”, afirmou o petista.
Ele ainda mencionou o governo Bolsonaro (PL), que não dialogava com a oposição. “Se a gente não concordava com o governo federal passado, que sequer os ministros recebia a gente que fez oposição a ele, a gente não pode fazer o mesmo. Temos que respeitar a vontade do povo”. Por fim, Jerônimo considera como sucesso na política a “confiança”. “Se a gente não tem confiança, a gente não acompanha. Então, um dos elementos estratégicos nossa é atenção e o cuidado”. Bahia.Ba