Ricardo Eletro: justiça suspende decreto de falência da empresa. Foi um gigante do varejo com mais de 1.200 lojas

 


 


Entenda como a Ricardo Eletro chegou ao cenário de recuperação judicial - Divulgação

O decreto de falência da Ricardo EletrO e de sua controladora Máquina de Vendas Brasil foi suspenso pela 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial de São Paulo nesta sexta-feira (10). Dessa forma, a empresa poderá continuar com o processo de recuperação judicial iniciado em 2020. A suspensão da decisão é válida até o julgamento do recurso pelo colegiado em segunda instância.

O relator do caso, desembargador Maurício Pessoa, afirma que mesmo que os motivos de apelação da Ricardo Eletro fossem menos relevantes, “não se pode ignorar o claro e inevitável “periculum in mora [perigo na demora], na medida em que a manutenção da quebra poderá gerar danos irreversíveis, comprometendo a instrumentalidade recursal e o próprio direito das agravantes”.

Entenda como a Ricardo Eletro chegou ao cenário de recuperação judicial

Ricardo Eletro foi uma gigante do varejo com mais de 1.200 lojas, 9,5 bilhões de reais em receita e 28 mil funcionários pelo país. Fundada em 1989 pelo empresário Ricardo Nunes, a empresa enfrenta uma série de dificuldades financeiras desde 2015, quando Nunes foi acusado de sonegação de impostos.

Atualmente, a Ricardo Eletro tem apenas um e-commerce, mas há pouquíssimos produtos disponíveis. Existem várias categorias no site, mas algumas delas não possuem nenhum item à venda. O setor de eletrodomésticos era o carro chefe da empresa, mas todas as lojas físicas foram fechadas em 2020.

Os problemas financeiros começaram a surgir depois que a receita da empresa em 2014 atingiu 9,5 bilhões de reais, coincidindo com a recessão do Brasil. Em 2018 veio uma recuperação extrajudicial – graças a bilhões de dólares em empréstimos de bancos e fornecedores. O processo foi projetado para restaurar a saúde financeira da Ricardo Eletro para que ela pudesse voltar aos trilhos.

Mas a pandemia complicou o cenário da Máquina de Vendas, que decidiu fechar todas as suas lojas. Resultado: a receita da empresa caiu de R$ 180 milhões por mês em 2019 para quase zero. Além disso, o fundador da empresa, Ricardo Nunes, foi preso em 2020 e acusado de sonegação fiscal enquanto trabalhava na empresa. jcconcursos(Infosaj)

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